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quinta-feira, 28 de maio de 2020

                             Beth

    Já era tarde quando Beth deixou a lanchonete onde trabalhava como garçonete.

           Foi a pé para casa, morava num prédio de apartamentos perto de onde trabalhava. Podia dar -se ao luxo de não precisar de condução. A noite estava numa temperatura amena, nem frio, nem quente.

       Gostava de fazer aquele caminho, suas colegas a achavam louca, pois faziam apenas alguns meses que Elizabeth Short, fora encontrada dividida em duas partes, com um eterno sorriso de coringa, feito à faca no seu belo rosto.
 
     Um crime que havia chocado a opinião pública, e que ainda continuava um mistério.

        Ao chegar em casa, subiu tranquilamente as escadas, o prédio era pequeno, não tinha elevador, morava no terceiro andar. Abriu a porta e foi direto para o quarto, despiu-se, ficando apenas de sutiã, calcinha e as meias ainda com a cinta-liga. Seu corpo resplandece no espelho do roupeiro, era farta de formas. Branca como a neve, com um leve rubor nas faces, sabia o quanto era bonita, e sentia que os clientes cobiçavam seu corpo perfeito.

            Foi para a cozinha preparar um café, ao chegar ficou estática, ao ver a janela ao lado da escada de incêndio arrombada, com os estilhaços de vidros espalhados pelo lado de dentro. Que quer que tenha feito aquilo, estava ali com ela.

      Com o coração em disparada, virou-se. O mascarado desferiu-lhe uma forte bofetada, com uma mão que parecia de pedra. Sentiu as pernas bambearem e caiu inconsciente.

        Acordou jogada em cima do pequeno sofá da sala. Estava com as mãos fortemente atadas, sentindo os dedos dormentes, e um filete de sangue lhe escorria do canto da boca, decorrente da bofetada.

         Estava também amordaçada com um lenço vermelho, que ela sempre usava. O sujeito de pé em frente à ela. Usava uma máscara de esqui, e estava nú. A visão do membro ereto como uma barra de ferro, não deixava dúvidas quanto as suas intenções. Segurou-a pelo queixo delicado e se aproximou.
-você não precisa sair machucada disso, entendeu ?- Disse o homem, seu hálito descendia à cigarros e uísque. Beth retrai-se ao ser tocada daquela forma. Então ele a esbofeteou novamente, para que ela entendesse.

            Ela estava apavorada, o rosto queimando com a bofetada. As mãos atadas as costas, mas com as pernas livres, ela sabia que se colaboraram, talvez saísse viva daquela situação. O homem era musculoso é peludo, com seus braços tirânicos virou o corpo dela com brutalidade para cima, deixando-com a bunda empinada, o cômodo era iluminado apenas com a luz do neon, dá lavanderia Schulteiss em frente à janela dela.

       Ainda com aquela bunda carnuda empinada, o bruto começou a dar-lhe vigorosas palmadas nas nádegas, seus dedos de pedra deixavam horrorosas marcas vermelhas nas carnes. Beth chorava, grunia  de dor, teve sua calcinha arrendada para o lado, o bruto afastou bem suas nádegas com as mãs, e cuspiu no cuzinho rozado e apertado. Logo um dedo, tão grosso quanto uma banana, entrava e saía num frenesi insano, deu -lhe mais umas palmadas e agora enfiava sua língua quente e molhada naquele buraquinho apertado. Enquanto fazia isso, seus dedos trabalhavam a sua boceta, que começava a ficar inundada de excitação.

       O bruto parou momentâneamente, e a puxou pelos cabelos, seu corpo curvou-se com a violência do puxão e ele disse:
-Puta nojenta, essa xotinha tá molhada, você está adorando isso !!!-Agora segurando ela pela garganta, quase a Ponto de sufocá-la, deu outra bofetada.

         Pegou-a de costas, Beth viu que ele tirou a máscara, mas não se atrevia a virar para olhar o rosto do seu agressor, ele mordia seus ombros e beijava seu pescoço, uma das mãos esmaga a um dos seus seios, a outra continuava com as palmadas. Sentiu a barba dele, arranhando seu pescoço, o peso daquele corpo, esmagando-a.

   Beth sentia -se estranhamente excitada com os sofrimentos infringidos, uma eletricidade descontrolada parecia emanar de sua boceta molhada. Seu corpo se contorcia em espasmos, e ele ainda nem havia penetrado ela.

           Então, ele começou a "pincelar" aquela verba na sua boceta, mais uma vez ela sentiu aquela excitação descontrolada. Ainda de costas para ele, que puxava seus cabelos com uma das mãos, ele aproximou sua boca do ouvido dela e disse:
-Papai e mamãe sabem que a filhinha deles é uma putinha pervertida ?
         E não, enfiou o pau umas duas vezes dentro dela, e aproveitando a lubrificação natural da sua boceta, enterrou de uma única vez, aquele ferro dentro do cuzinho dela. Beth, achou que fosse desmaiar. Sentia que estava sento rachada ao meio, o bruto urgia, e socava cada vez mais fundo dentro dela, o saco dele batendo violentamente na sua boceta molhada, a cada socada.

       Suas pernas estavam moles, ela tinha gozos intensos, e o homem percebia isso. Então ele alternava as socadas, na boceta e no cu, segurando os braços dela, para que não se desvencilhasse, mas ela não queria fugir, queria mais e mais, daquele doce suplicio.
 
     Então ela começou a ajudar nos movimentos, mexendo a raba como uma negra mexeria, rebolando com o membro enterrado nela, o lenço em sua boca ensopado de saliva, ela parecia uma cadela no cío.

        Então, com os dentes cravados num dos seus ombros, como um lobo faminto, o bruto gozou.

            Um jorro quente e abundante inundava suas entranhas. Ambos tremeram em descontrole, o bruto caiu desfalecido por uns segundos em cima dela. O peso e o cheiro suado do corpo dele a excitação.

      Recuperado o homem levantou-se e vestiu suas roupas. Beth deitada no sofá não sabia o que fazer. Mas uma satisfação carnal a confundia as idéias,  queria um banho, sentia -se suja. Mas também queria mais daquilo. O sêmen quente do bruto, ainda escorria de dentro dela, por suas coxas brancas.

        O bruto foi embora, levando alguns pertences dela.

         Alguns dias depois Beth andava pelas ruas na esperança de repetir aquela experiência.


                       FIM

Reverendo Felix Fausto
     
     
     
   
       

quarta-feira, 27 de maio de 2020

                     Na Eternidade

  Ela estava morta, estendida no caixão pronta para um sono sem sonhos, um sono de onde ela jamais voltaria.

         Eu olhava desolado para ela, sem acreditar que aquilo realmente havia acontecido. Estava linda, como em vida. Uma esfinge de brancura cadavérica, os seios imóveis, sem aquela respiração que os moviam tirando meu fôlego.

    Pensei nos nossos momentos, nossos cafés nos fins de tarde, coisas que eu jamais voltaria a ter. Queria beijá-la, resgatá-la daquele sono sem vida, minha bela e mortal adormecida. Maldita eternidade que tirara ela de mim.

          Tudo me trazia uma melancolia, da qual eu sabia que não me livraria tão cedo. Quando seu caixão foi engolido pela terra, aldo de mim era sepultado junto com ela

    Então tudo me pareceu desvanecer nas horas sombrias que se passaram. Não lembrava de mais nada.
   
        Acordei de um torpor físico, sem saber exatamente o que havia ocorrido.

    Mas lembro dos olhares atônitos dos que presenciaram tão horrível cena, onde eu segurava o corpo nu, e morto em meus braços. Minhas roupas sujas de terra, o sangue nos meus dedos, as marcas da minha profanação.


    Reverendo Felix Fausto

quarta-feira, 13 de maio de 2020

          Espíritos Na Floresta

Aqui as árvores sussurram
Segredos esquecidos
A terra respira
E pulsa
A lua testemunha
Histórias  sombrias
As fadas e as bruxas dançam
O velho carvalho arde
Num fogo ancestral
Que aproxima os homens
Afujenta almas errantes
Há espíritos na floresta
Ela disse,
mas ela disse que rios
Que correm paralelos
Jamais se encontrarão
A noite sem fim
Grita e se contorce
Porque sabe que o tempo
É o pior dos carrascos.

Reverendo Félix Fausto


sexta-feira, 8 de maio de 2020

                No lixo


         A festa estava muito chata, cheia dos mesmos tipos, gente oca e desinteressante. Não estava valendo nem mesmo pela bebida.

     Conhecia poucas pessoas ali presentes, não havia nada que me segurasse ali, naquele ambiente insosso. Não fumo, mas pedi um cigarro pra um sujeito de camisa listrada, eu não fumo, mas achei que seria uma boa desculpa para sair dali.
Fumantes tem essa vantagem sobre nós, meros mortais, basta usar a velha desculpa de precisar fumar lá fora, e sair de uma festa chata.

Como eu havia dito, não fumo, mas me apropriar dessa vantagem de um fumante me pareceu divertido.

   Saí na noite quente e enluarada. Joguei o cigarro fora na primeira oportunidade que tive. Ao passar por um beco um barulho me chamou a atenção. Duas moradoras de rua se beijavam.

   Estavam no fundo do beco junto de umas lixeiras e sacos de lixo. Pegavam-Se valendo.
Percebi que o beco na verdade não tinha saída, espremido entre dois prédios, era estreito e sujo. Eram jovens, uma mais alta e a outra, pequeninha. Parei atrás de uma lixeira e fiquei observando.

     Tiram suas roupas ficando só de calcinhas. Chupavam-se como como loucas, língua, pescoço e bicos dos seios. De onde eu estava eu conseguia ouvir os estalos dos seus beijos.

   Logo estavam deitadas no meio da sujeira, rolando em meio aos trapos e sacos de lixo rasgados. E era lindo, excitante de uma sensualidade marginal. A idéia de participar da festinha delas me deixou de pau duro. Putaria no meio daquelas gatas de rua, chuparia aquelas bucetas imundas, rolando no meio da merda, mijo e ratos, e mijo de ratos com ambas. Fiquei louco de tesão com aquilo tudo.

    Agora elas se divertiam no 69 mais imundo que vi na vida. Gemiam animalescamente, e eu ali, de pau duro testemunhando tudo. Que dilema, queria estar junto, aceitaria de bom grado as DSTs que elas me dariam no pacote todo. Cheguei a olhar na carteira, para ver o quanto eu tinha de dinheiro.

     Um carro de polícia passou devagar e me mandou sair dali. Que azar, não estava a fins de ser preso. Saí dali meio desajeitado com o meu pau furo.

   Fui me masturbar em casa, sonhando com o sexo com as mendigas.


Reverendo Félix Fausto