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sexta-feira, 8 de maio de 2020

                No lixo


         A festa estava muito chata, cheia dos mesmos tipos, gente oca e desinteressante. Não estava valendo nem mesmo pela bebida.

     Conhecia poucas pessoas ali presentes, não havia nada que me segurasse ali, naquele ambiente insosso. Não fumo, mas pedi um cigarro pra um sujeito de camisa listrada, eu não fumo, mas achei que seria uma boa desculpa para sair dali.
Fumantes tem essa vantagem sobre nós, meros mortais, basta usar a velha desculpa de precisar fumar lá fora, e sair de uma festa chata.

Como eu havia dito, não fumo, mas me apropriar dessa vantagem de um fumante me pareceu divertido.

   Saí na noite quente e enluarada. Joguei o cigarro fora na primeira oportunidade que tive. Ao passar por um beco um barulho me chamou a atenção. Duas moradoras de rua se beijavam.

   Estavam no fundo do beco junto de umas lixeiras e sacos de lixo. Pegavam-Se valendo.
Percebi que o beco na verdade não tinha saída, espremido entre dois prédios, era estreito e sujo. Eram jovens, uma mais alta e a outra, pequeninha. Parei atrás de uma lixeira e fiquei observando.

     Tiram suas roupas ficando só de calcinhas. Chupavam-se como como loucas, língua, pescoço e bicos dos seios. De onde eu estava eu conseguia ouvir os estalos dos seus beijos.

   Logo estavam deitadas no meio da sujeira, rolando em meio aos trapos e sacos de lixo rasgados. E era lindo, excitante de uma sensualidade marginal. A idéia de participar da festinha delas me deixou de pau duro. Putaria no meio daquelas gatas de rua, chuparia aquelas bucetas imundas, rolando no meio da merda, mijo e ratos, e mijo de ratos com ambas. Fiquei louco de tesão com aquilo tudo.

    Agora elas se divertiam no 69 mais imundo que vi na vida. Gemiam animalescamente, e eu ali, de pau duro testemunhando tudo. Que dilema, queria estar junto, aceitaria de bom grado as DSTs que elas me dariam no pacote todo. Cheguei a olhar na carteira, para ver o quanto eu tinha de dinheiro.

     Um carro de polícia passou devagar e me mandou sair dali. Que azar, não estava a fins de ser preso. Saí dali meio desajeitado com o meu pau furo.

   Fui me masturbar em casa, sonhando com o sexo com as mendigas.


Reverendo Félix Fausto

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