Um bar é assim, um porto onde naus errantes aportam. Todos os tipos de gente.
Quando ví o sujeito chegando algo me disse que era um tipo peculiar. Na TV um jogo de futebol que não me chamava a atenção. Abordei o sujeito que disse se chamar Loivo, em homenagem à um jogador do Grêmio, fez questão de contar isso, para mim não significava nada.
Nunca gostei de futebol, mas fui simpático com ele. Arrumei uma mesa, cadeira e servi um chope.
Continuei circulando entre as mesa. Meu celular vibrou, era o Missioneiro, um amigo que também estava no bar, numa mesa ao lado do Loivo.
"Nossa, esse cara é muito chato. Me achou aqui !"
Dizia a mensagem.
"Somos responsáveis por aquilo que cativamos."
Respondi bricando. Mas para não deixar o Missioneiro desamparado, fui até lá. Talvez o pobre Loivo, não passasse de um solitário. Muito comuns em bares.
"Tu lembra de mim, né, estive aqui faz um ano." Ele disse. Eu não lembrava do que eu havia comido no almoço, quanto mais lembrar de alguém que esteve ali há um ano atrás.
E ele conversava, mesmo que ninguem lhe desse atenção, contou mais sobre o nome, que seu pai adorava futebol, seu nome era essa homenagem à um tal Loivo Johann, um grande jogador. Contou que era muito dificil conseguir mulheres hoje em dia.
Logo o Grêmio fez dois gols, ele vibrou, assim como todos ali.
Pagou seu chope, e foi embora.
Mais um solitário que se vai.
Fim
Reverendo Felix Fausto
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