Início

sábado, 22 de fevereiro de 2025

A Bruxa Relutante

 Dela, suas irmãs esperavam grandes feitos. Haviam reinos mágicos escondidos no glamour, onde seres fantásticos sussurravam seu nome com expectativa.

Ela sabia como fazer, ela tinha o talento nato daquelas criaturas abençoadas pelo espiritual. Cada um dos seus ritos eram atos de amor e entrega a magia. Mas ainda assim ela resistia ao chamado magistico. Talvez uma insegurança, disfarçada na busca por uma perfeição que a limitava.

As verdadeiras bruxas não querem a perfeição. Elas sabem os métodos ritualisticos, os dogmas e as rotinas secretas do hermetismo ancestral, elas abraçam o perigo do risco, elas agem com sua essência,  e não com o cérebro. A magia vem do coração, das entranhas, de entre as pernas.

Elas fazem o que precisa ser feito, sem esperar.

Mas a bruxa relutante esperou. Planejou seus atos sem perceber que se perdia. Uma noite na floresta, mesmo que toda a Coven soubesse do seu potencial, ela relutou em aceitar seu destino de bruxa. Ela parou nos planos, ela pensou demais com a cabeça, não com as tripas.

O mundo mágico não perdoa, ela transmutou por não agir. Os viajantes passam curiosos por aquela antiga árvore que estranhamente tem a forma de um corpo de mulher.

Era a Bruxa Relutante.


Reverendo Felix Fausto

Nenhum comentário:

Postar um comentário