Dela, suas irmãs esperavam grandes feitos. Haviam reinos mágicos escondidos no glamour, onde seres fantásticos sussurravam seu nome com expectativa.
Ela sabia como fazer, ela tinha o talento nato daquelas criaturas abençoadas pelo espiritual. Cada um dos seus ritos eram atos de amor e entrega a magia. Mas ainda assim ela resistia ao chamado magistico. Talvez uma insegurança, disfarçada na busca por uma perfeição que a limitava.
As verdadeiras bruxas não querem a perfeição. Elas sabem os métodos ritualisticos, os dogmas e as rotinas secretas do hermetismo ancestral, elas abraçam o perigo do risco, elas agem com sua essência, e não com o cérebro. A magia vem do coração, das entranhas, de entre as pernas.
Elas fazem o que precisa ser feito, sem esperar.
Mas a bruxa relutante esperou. Planejou seus atos sem perceber que se perdia. Uma noite na floresta, mesmo que toda a Coven soubesse do seu potencial, ela relutou em aceitar seu destino de bruxa. Ela parou nos planos, ela pensou demais com a cabeça, não com as tripas.
O mundo mágico não perdoa, ela transmutou por não agir. Os viajantes passam curiosos por aquela antiga árvore que estranhamente tem a forma de um corpo de mulher.
Era a Bruxa Relutante.
Reverendo Felix Fausto
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