Era um dos dias mais quentes do ano, e nem era verão ainda, talvez uma amostra dos dias infernais que estavam por vir. Um sol inclemente estorricava tudo o que encontrava no caminho, daquele calor incômodo que faz as bolas do cara grudarem nas coxas.
Então Magnólia chegou, usava um vestido de alças muito justo e comprido, que valoriza seus seios enormes, e suas curvas. Toda pequena, tipo mignon, usava um óculos de sol extravagante e uma pequena sombrinha para se proteger do sol. De longe sacou do seu sorriso de Coringa, aquilo sempre me ganhava, seus olhos tinham um brilho inteligente.
Toda esbaforida me abraçou e me beijou, senti seus seios contra o meu peito, eram macios e fartos, fazendo justiça à sua " italianice ". Sentamos, me entregou uma flor de alfazema, pediu que eu cheirasse, riu e me chamou de bobo, por ter cheirado a flor, e não as folhas.
Magnólia era um tipo única, tinha o dom de instigar as pessoas, assuntos com ela fluíam de uma forma gostosa, era louca, alguns diziam, eu achava ela única, original, num mundo onde a futilidade imperava, e o status quo era a razura de idéias, ela realmente era especial.
Reclamou do calor, comentei sobre estar com um vestido tão longo e justo e ela disse:
- Mas estou sem calcinha ! -Meu olhar incrédulo fez com que ela me ordenasse:
- Passa a mão aqui !- Passei a mão em seus quadris, ela era toda macia, não senti sua calcinha, o que me inquietou, mas Magnólia era assim, provocadora. Quase sempre estávamos fazendo nossos jogos.
As vezes ela era cativantemente irritante, de um jeito que só ela sabia ser. Contou sobre um amante que pediu para vestir suas meias de nylon, e que tinha achado aquilo genial, falou sobre tatuar " Espanque-me " nas costas, e falou, e falou, as horas passaram, sem que percebessemos e havia uma magia em tudo ali. Assim era Magnólia.
Reverendo Felix Fausto