A agência dos correios estava lotada.
Lembro ter escutado algo tipo:
"Deus é grande!!!"
Sorte,Deus,aquele ditado popular que diz que vaso ruím não quebra,ou a enorme coluna de concreto,na qual eu estava encostado foi o que me salvou da explosão que se seguiu.
Atordoado não ouvia nada além de um zumbido.Havia fumaça,fogo e morte.
Um sujeito passou em chamas por mim,ví a metade de uma criança,um casal eternamente abraçados,num último e derradeiro ato heróico ele tentou proteger a companheira.
Uma mulher gritava por algo,talvez suas pernas.Um funcionário da agência passou por mim,Roberto Borba era o nome no seu crachá e no lugar onde deveria haver o braço esquerdo,vía-se um farrapo sangrento.
Então ví os outros dois terroristas.
Eles começaram a atirar,o plano era não deixar vivo quem escapou da explosão.
Saquei minha arma e atirei...
Acertei o da esquerda,o outro dirigiu à mim sua atenção.
Ele atirou,minha sorte estava incrivel nesse dia.Ele errou,eu não.
Reverendo Felix Fausto
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