Início

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

Massacre nos Correios - 17 de agosto de 2018

 A agência dos correios estava lotada.

Lembro ter escutado algo tipo:

"Deus é grande!!!"

Sorte,Deus,aquele ditado popular que diz que vaso ruím não quebra,ou a enorme coluna de concreto,na qual eu estava encostado foi o que me salvou da explosão que se seguiu.

Atordoado não ouvia nada além de um zumbido.Havia fumaça,fogo e morte.

Um sujeito passou em chamas por mim,ví a metade de uma criança,um casal eternamente abraçados,num último e derradeiro ato heróico ele tentou proteger a companheira.

Uma mulher gritava por algo,talvez suas pernas.Um funcionário da agência passou por mim,Roberto Borba era o nome no seu crachá e no lugar onde deveria haver o braço esquerdo,vía-se um farrapo sangrento.

Então ví os outros dois terroristas.

Eles começaram a atirar,o plano era não deixar vivo quem escapou da explosão.

Saquei minha arma e atirei...

Acertei o da esquerda,o outro dirigiu à mim sua atenção.

Ele atirou,minha sorte estava incrivel nesse dia.Ele errou,eu não.




Reverendo Felix Fausto

Nenhum comentário:

Postar um comentário