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terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

O caso da casa velha - 25 de setembro de 2018

Ele deu uma longa tragada no último cigarro e a fumaça encheu seus pulmões como fogo.Precisava parar de fumar,assim como de beber.

Mas um homem precisa de vícios.Jogou fora o cigarro e tirou do bolso um papel onde conferiu o endereço de onde estava.

Cinco homens haviam desaparecido naquele lugar,nada em comum entre eles,nada.

Simplesmente haviam sumido.

Era uma casa velha na parte mais pobre e decadente da cidade.

Entrou na casa segurando a arma e uma lanterna,ao entrar um cheiro de mofo e coisas velhas agrediu seu olfato como uma bofetada.

A escuridão engolia faminta a luz da lanterna,a casa rangia como os gemidos de uma velha.

Então ele viu a mulher...

Ela era linda.

Não era desse tempo.Vestia um longo e transparente vestido branco,sua pele era de alabastro,as vezes parecia translúcida e seus cabelos negros aumentavam essa impressão.

Tinha algo de sobrenatural naqueles olhos escuros,sustentar aquele olhar era querer morrer de amor.

Num movimento discreto ela deixou que o vestido caísse até seus pés.

Totalmente nua a mulher com a pele de alabastro aproximou-se dele.

Beijou-o voluptuosamente.

Suas pernas fraquejavam de prazer,uma excitação descontrolada tomou conta dele.

Segurou a mulher pelos longos cabelos negros e a beijou mais forte.

Sentiu os cabelos dela ganharem vida entre seus dedos.

Afastou-se com uma sensação de medo e viu que os cabelos haviam se transformado em serpentes.

A mulher com a pele de alabastro sorriu,e ele não desviou os olhos dela até transformar-se em pedra.

Ela foi embora pelo grande salão da casa caminhando lentamente entre suas estátuas.


Reverendo Felix Fausto

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