Em 1984 eu tinha dezessete anos, numa segunda feira numa noite de verão eu matei um cara.
Ele não era ninguém. Um traficante pé de chinelo que havia pegado no meu pé. Nunca soube exatamente o porquê dessa perseguição, mas o certo é que ele vivia me importunando.
Era negro, tinha os dentes destruídos como mobilha apodrecida. Eu não tinha medo dele, mas por via das dúvidas, passei a sair com uma faca. Um dia voltando do cinema, encontrei ele num beco, que encurtava o caminho para a minha casa.
Quando ví ele, senti que dsria problema. Disse algo que eu não escutei quando cheguei perto dele. Tudo então foi rápido. Saquei a faca da cintura e enterrei no pescoço dele. Sua expressão foi de surpresa. Não gritou, nem nada. Arregalou os olhos e caiu vagarosamente.
Corri dali, queria ter ficado para ver ele partir. Não senti absolutamente nada.
Fui pro quarto, nem jantei. Horas se passaram e começaram a falar sobre o acontecido.
A policia deu o caso por um desentendimento entre marginais.
Nunca fui pego.
Em 1984 eu matei um cara.
Reverendo Felix Fausto
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