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quarta-feira, 21 de agosto de 2019

Punheta

     Ver aqueles dedos melados no próprio gozo, quebraram minhas últimas defesas.
     Bem mandado, como um bom garotinho, eu lamberia aqueles dedos experientes sorvendo o néctar do seu prazer solitário.  Ela fazia seus jogos de gata e rato, e meu coração apaixonado era um prato cheio para ela.
     Punheta, escrever para ela estava se tornando um ato masturbatório!!!
     Fato, que eu não contestava.Ela me trazia pela mão e, me conduzia para os cantos mais obscuros do desejo dela.
      Ela regia a sinfonia sensual de cada olhar, cada conversa que tínhamos, cada gesto e respiração e eu experimentava de algo que era único.
       Tantas possibilidades, era em mim que ela pensava, toda a vez que afundava os dedos naquela buceta molhada?
        Desesperadamente, naquela buceta molhada e quente, a flor que eu queria cheirar, a fonte de onde eu ansiava beber, e ela gozaria, se desligando de tudo numa morte íntima e úmida.
      Jamais saberei.



Reverendo Felix Fausto

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